quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

O Casal, parte 1


Olhava pela janela pensando em como fazer. Já havia matutado muito e 
nada lhe parecia conveniente.
Esperou até que todos no trabalho saíssem e resolveu procurá-la.
Sentada na mesa ela continuava trabalhando e assim ficou sem se mover; 
a não ser pelo sorriso maroto no canto da boca.
Ele teve ganas de agarrá-la mas se conteve, olhou para a câmera de
segurança colocada do outro lado da sala e então decidiu massageá-la.
A massagem era algo que usava para se aproximar das mulheres.
Algo extremamente covarde e injusto mas uma coisa que não abalava sua
consciência. Queria apenas tirar suas casquinhas, satisfazer sua libido.
Hoje era diferente, sua presa sabia muito bem o que ele queria, sentia o calor
do corpo dele se posicionando por trás dela. Seus dedos pousaram no ombro
e ele começou. Os olhos dela fecharam devagar no mesmo momento em que
sentiu o primeiro apertar. Ele, safadamente, aproximou seu corpo do dela,
encostando o pau de leve nas suas costas.
Olhava para frente tentando imaginar o que registrava a câmera. Sua mão
empurrou as alças do sutiã preto e ela nada disse.
O consentimento silencioso o animou a ir adiante. Ele, então, levou as mãos
mais para frente e se aproximou dos seios dela.
"Cuidado com a câmera" advertiu sem abrir os olhos. Ele, preocupado, saiu
rápido dalí. Olhou novamente para a câmera e voltou para perto dela.
O vontade era maior que o medo.
Ajoelhou-se e tentou fitar a câmera. Percebeu que esta não podia vê-lo alí.
Respirou e resolveu beijá-la. Um beijo tímido, envergonhado, meio desengonçado.
Seus lábios não conseguiam se encaixar. Havia um certo desconforto nisso tudo.
"Posso ver?" disse ele como um menino que está descobrindo o sexo naquele
momento. Ela resistiu não mais que dois segundos e puxou o sutiã para o lado.
O seio pequeno tinha algumas estrias e o bico escuro, quase marrom. Sequer
tem tempo de apreciá-lo direito e seu instinto o impeliu a chupá-lo.
"Você disse que queria ver" assustou-se ela encondendo-o.
Continuaram se beijando enquanto ele guiava a mão dela até seu pau. Duro,
chegou a doer quando ela o acariciava. Sua mão se encaixava entre as pernas
dela roçando a calça quente.
Ficaram assim por segundos e se separaram sorrindo como dois adolescentes 
que acabaram de aprontar no 
cômodo ao lado da avó.
Nada mais iria acontecer eles sabiam. Nenhum dos dois teve coragem de ir adiante.
Ficaram olhando-se por minutos até que ele voltou para sua sala.
A culpa preocupa mais a ele do que a ela.

No outro dia pouco dirigiram a palavra um ao outro. Envergonhados, decidiram
discutir isso mais tarde. Quem sabe num canto escuro do escritório, ou mesmo
num motel alí por perto. Mas para isso, ele terá de ir além da adolescência marota,
além do prazer sonhado.