terça-feira, 13 de outubro de 2009

Em busca de um sentido na vida.....



Ontem fui assistir Up da Disney com a família.
Ando meio de mau humor ultimamente, achando que tudo o que faço é um pouco sem sentido, reuniões onde se discute nada, se muda de idéia a cada 15 minutos, sem a preocupação de como isso vai afetar alguém. Nossa (nós da propaganda brasileira) falta de respeito por tudo e todos.
De tempos em tempos passo por esse tipo de discussão interna. Hoje já me preocupo menos com isso, uma vez que sei, em média, quanto durará esse sentimento. Não mais que um filme, talvez não mais que uma ou duas semanas. Daqui há pouco me verei feliz com um novo projeto (e principalmente o dinheiro que advém com isso), relevarei novamente a imbecilidade da nossa área, sublimarei meu asco e seguirei em frente até a próxima crise de consciência. Pobre rapaz pobre....
Bem, como ia dizendo lá em cima, fui assistir a Up ontem. Belo filme (como todos da Pixar) com uma diferença para os outros. Uma tristeza profunda surge de dentro dos personagens.
O senhor Carl, o aposentado vendedor de balões, é de um sofrimento atroz. Depois da perda da esposa (que conhecera quando era um garoto e com quem vivera toda a vida), pressionado por um Mundo em expansão (pessoas como nós preocupadas com seus empreendimentos, no caso a construção de novos edifícios), tenta desesperadamente um sentido para que sua existência não tenha sido em vão. Detalhe curioso: Quem faz a dublagem desse personagem em português é nada menos que Chico Anísio (que, me parece, às vezes lembra em muito esse sentimento expresso por Carl)
Russel, um garoto chinês, escoteiro e solitário (sua mãe aparece no final do filme) provavelmente de pais separados, procurando um pai e um amigo.
Duc, pobre e desprezado cachorro em busca de algum carinho.
Pois bem, esses personagens perdedores se encontram na busca de um sentido em suas vidas, nem sempre claro a princípio, mas fundamental em suas vidas.
Chorei algumas vezes durante a projeção tocado pela solidão de todos no filme (inclusive do vilão, cercado de cachorros) mas ao fim me senti feliz; graças ao otimismo dos filmes família. Pensei na minha vidinha e saí do cinema pensando que ainda estou no lucro (ou seja, melhor do que o Carl do início do filme). Pensei também que posso mudar minha história quando quiser e isso é um alento.
Bela tarde de Domingo chuvosa.....

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Pinocchio


A sala estava vazia quando ele chegou, tudo apagado. Já havia passado pelo porteiro sonolento e corria para aprontar uma lista das pessoas para a pasta de reunião. Acendeu a luz e se jogou na tarefa se sentindo o maior dos irresponsáveis.
-Por que não fui dormir mais tarde? - se perguntou
-Porque já era uma da manhã e você está aqui às Sete e Meia! - respondeu irritado.
Sua assistente chegou em seguida. "Que bom que ela está aqui".
Pronto, serviço terminado na hora que o responsável pela impressão vai chegar, Oito horas.
...
Oito e Meia. "Estou na Paulista, em meia hora chego aí...", pelo telefone...
...
Nove
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Nove e meia. "Não vou brigar com você porque é uma besteira (será?), mas queria que você soubesse que vai me foder"
"Sério? Por que?"...
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Meio-dia. Escrevia uma pequeno desabafo tentando se acalmar enquanto espera o Teste de VT ficar pronto (?!?)
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Pensa consigo: " Por que ainda acredito nas pessoas?"
...
Sem resposta...
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