sábado, 9 de outubro de 2010

Amanhã vou fazer minha primeira diária dos horríveis e maçantes filmes da Procter com que fui presenteado lá na Movie. Após um mês de uma mediocridade atróz vinda de todos os lados estamos na beira de terminar o serviço. Idas e vindas de pura idiotice publicitária com criativos cagões e atendimentos omissos sem capacidade de conter um cliente sem nenhuma criatividade e com muito medo; medo da bronca que pode levar do seu superior, medo de acertar num filme um bocadinho mais ousado, medo da surpresa que poderia advir da aceitação do jogo.
A cada passo que me aprofundo nesse lamaçal da criatividade brasileira mais me enterro numa espécie de mágoa e depressão comigo mesmo.
A mágoa possivelmente seja por minha extrema falta de coragem.
Espero poder algum dia ler isso tudo e sorrir....

domingo, 25 de abril de 2010

Alice Burton

Hoje fui assistir Alice do Tim Burton.
Confesso que minha empolgação era mínima, há tempos que me desencantei com nosso amigo Burton. Acho que se repete demasiado. Meu saudosismo ranheta sonha com a primeira safra; Beetlejeuse, Edward, Ed Wood e até Sleepy Hollow. Acho que o caldo desandou com Big Fish, que muitos adoram e até acham seu melhor filme. Tenho restrições à tentativa duma fábula familiar.
Enfim, hoje fui à Alice como tenho ido e sofrido a todos os novos rebentos do cara. Já havia lido críticas preocupantes mas meus filhos estavam com vontade, vá lá...
Pois bem, como o previsto Mr Burton escorrega novamente. Transforma a anarquia formal e narrativa do livro em um filme de ação fantasioso. Chega ao ponto de transformar nossa heroína numa empreendedora mercantil(!?). Novos tempos, novas fases, novos parceiros.
Não vou nem falar aqui na computação de quinta categoria (nos dias de hoje, pós Avatar, é difícil e arriscado enfrentar a batalha do CGI)com um Crispim Glover de papel andando de um lado para outro, nem na atuação sofrível do Johnny Deep. Nem mesmo vou reclamar da mesma trilha requentada do Danny Elfman.
Só duas coisas me chamaram a atenção. Burton "insere" seu mundo particular em Wonderland; procure um pouco e verá...
A outra coisa foi a protagonista (Mia Wasikowska), uma graça. Tem uma beleza natural, sem esforço. Uma presença forte e calma ao mesmo tempo. Só me irritou um pouco a maquiagem propositalmente esbranquiçada no rosto. Ela, ao que parece, sai incólume pelo emaranhado sem sal.
Até mesmo a Sra Burton (ele e sua mania de "enfiar" a esposa, ou namorada em cena), Helena Bohan Carter sai-se sem maiores arranhões.
Detalhe curioso: a rainha branca de Anne Hathaway é muito inspirada na mãe falecida de Sleepy Hollow de Lisa Marie. Será uma ponta de saudade?

domingo, 21 de março de 2010

Será que eu estou acomodado?
Respostas num futuro próximo...