domingo, 13 de maio de 2007

I´m a Cyborg, But That´s Ok



Hoje assiti ao novo filme de Park Chan-Wook, diretor da trilogia da vingança (Sympathy for Mister Vengeance, Old Boy e Sympathy for Lady Vengeance), I´m a Cyborg, But That´s Ok, filmado, ou melhor, gravado em HD (Viper da Thompson).


Desde que vi Old Boy me viciei nos filmes desse coreano ( tenho ainda um curta seu Judgement e o filme 3 Extremos, composto de três estórias dirigidas por diretores asiáticos, a saber, além de Park, Fruit Chan e Takashi Miike). Baixei os outros dois filmes da trilogia e me deleitei com seu cinema virtuoso.

Quando soube desse último filme fiquei ansioso e nessa semana, consegui baixá-lo (com a desculpa de ter de usá-lo numa pesquisa para uma propaganda que estava fazendo).
Hoje, finalmente, decidi assistí-lo.
Não diria que se trata de um filme fácil. É preciso aceitar certas liberdades para poder apreciá-lo. A estória trata de uma garota (Su-Jeong Lim)
que acredita ser um ciborgue e é levada para um manicômio. Lá, se apaixona por um dos internos.

O filme de Park me lembrou as travessuras narrativas de Michel Gondry (Brilho Eterno de uma mente sem Lembranças e, principalmente, A Ciência do Sono), com sua verve Surrealista. Park trata o filme como uma fábula romântica (assim como o Gondry dA Ciência) e se aproveita do fato de estar num manicômio para se liberar quanto a realidade. Somos surpeendidos o tempo todo com fugas da realidade. Em certos momentos fica difícil de entender se é uma realidade fantástica ou um sonho dos personagens.

Não sei dizer se gostei ou não, precisarei de alguns dias para deglutir melhor. Cyborg tem ótimas idéias (adorei a forma como a Avó, falecida aparece num campo), mas algo nas interpretações me incomodou. Os internos do manicômio parecem "loucos" demais pro meu gosto. Na verdade cheguei a dar uma cochilada no meio do filme. Talvez isso se deva, um pouco, ao fato de estar assitindo com legendas em espanhol.

Visualmente gostei bastante do que ví. Se não tivesse lido antes que o filme fora gravado em HD, nem de longe suspeitaria. Park foi inteligente, faz um filme "clarinho", com boa invasão de luz, sem enfrentar externas de sol forte e mesmo situações desfavoraveis de luz. O único momento em que reparei um "deslize" foi, logo no início, quando a mãe da protagonista, em flashback, entra na cabana de sua mãe; a luz de fora fica extremamente estourada.
A direção de arte caminha lado a lado com a idéia de fábula romântica surreal. Cores intensas e primárias ajudam a "embelezar" o filme.
Na música uma repetição das idéias dos filmes anteriores (se não me engano o compositor é sempre o mesmo). Valsas...

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